As falhas construtivas são muito comuns e tão remotas quanto os mais antigos edifícios construídos pelo homem através dos tempos. Um exemplo clássico e muito conhecido de falha construtiva é a Torre da cidade de Pisa, no norte da Itália. Projetada para abrigar o sino da catedral de Pisa, a torre foi iniciada em 1173. Seus três primeiros andares mal tinham acabado de ser erguidos quando foi notada uma ligeira inclinação na Torre. Ela já “nasceu” inclinada, e sua construção chegou a ser interrompida diversas vezes na tentativa de resolver o problema.
Segundo o engenheiro Ercio Thomaz, pesquisador do IPT, na área de Construção Civil, patologia das construções é o “campo da ciência que procura, de forma metodizada, estudar os defeitos dos materiais, dos componentes, dos elementos ou da edificação como um todo, diagnosticando suas causas e estabelecendo seus mecanismos de evolução, formas de manifestação, medidas de prevenção e recuperação”.
De acordo com várias pesquisas, as instalações prediais hidráulicas e sanitárias lideram a ocorrência de patologias nos edifícios. Estima-se que o maior percentual de reclamações são decorrentes de problemas relacionados às instalações hidráulicas prediais tais como: vazamentos, infiltrações, entupimentos, mau cheiro, retorno de espuma e outros problemas que se repetem com certa frequência nas edificações habitacionais, escolares, comerciais e outras, causando insatisfações aos usuários, danos colaterais a outros elementos e componentes da construção, e prejuízos à saúde e ao bolso dos seus proprietários, sejam eles públicos ou privados.
Além das patologias visíveis, existem patologias ocultas tão ou mais importantes, como a contaminação da água potável em reservatórios ou redes, erosões decorrentes de vazamentos, volume excessivo de água de descarga em vasos sanitários, torneiras e duchas com vazões acima das necessidades, isolação térmica inadequada de tubulações e/ ou má localização de aquecedores, repercutindo em demasiada demora na chegada da água quente até os pontos de consumo.
Por outro lado, nunca se deu muita importância às instalações do edifício, pois elas ficam embutidas (ocultas) sendo, portanto, muito comum a execução de obras sem os projetos complementares, como o projeto hidráulico. Na busca por máxima economia e utilizando-se de materiais inadequados e de qualidade inferior e uma execução rica em improvisações e gambiarras em função da ausência de projeto e baixa qualificação da mão de obra, acaba-se comprometendo a qualidade final da obra.
O projeto hidráulico-sanitário é indispensável ao bem construir, pois evita inúmeros erros na montagem das instalações. Além de um bom projeto é necessário o emprego de materiais de qualidade comprovada, pois os reparos no sistema de canalizações sempre apresentam custos elevados e transtornos aos usuários das instalações.
Por essa razão, os profissionais da área têm de conhecer profundamente as causas desses problemas que aparecem durante a execução da obra ou durante o uso do edifício após a conclusão, para que possam traçar um perfeito diagnóstico e, com isso, propor as melhores soluções técnicas para esses problemas.
É importante ressaltar que o estudo das patologias frequentes em sistemas prediais hidráulico-sanitários não reside somente na atuação corretiva, mas na possibilidade da atuação preventiva, especialmente quando elas têm por causa falhas no processo de produção dos respectivos projetos de engenharia.
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É importante ressaltar que a ocorrência de patologia nas edificações implica em custos adicionais, ações jurídicas e perda de notoriedade de Marca.
O curso de Patologias dos Sistemas Hidráulicos e Sanitários foi desenvolvido com a finalidade de apresentar a engenheiros, arquitetos, alunos dos cursos de Engenharia e Arquitetura, construtores e todos os profissionais envolvidos na construção civil uma visão conceitual mais didática, prática e simplificada das principais patologias que ocorrem nos subsistemas das instalações prediais hidráulicas e sanitárias, bem como ressaltar que o estudo das manifestações patológicas não reside somente na possibilidade da atuação corretiva, mas na possibilidade da atuação preventiva, especialmente quando elas têm por causa falhas no processo de produção dos respectivos projetos de engenharia.
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