Curso de Equipagem Hospitalar: Planejamento, Implantação e Gestão Tecnológica
Introdução
A equipagem hospitalar pode representar 50% do custo para implantação de novos empreendimentos em saúde. Além disto, sua implantação envolve decisões de curto prazo que terão impacto no longo prazo pelos custos operacionais e de manutenção. Portanto, os critérios de planejamento e a implantação tecnológica tem grande impacto na sustentabilidade do negócio.
O que você vai aprender
O aluno conhecerá os principais desafios do projeto de equipagem, desde a fase da concepção, passando por toda a implantação até a inauguração do empreendimento hospitalar; Terá uma visão geral da metodologia utilizada para cada etapa do projeto de equipagem, conhecendo ferramentas de gestão de projetos, gestão de aquisições e gestão de processos que são empregadas na prática; Conhecerá sobre a área de engenharia clínica e sobre as exigências e boas práticas para implantação do Programa de Gestão de Equipamentos em Saúde, conhecendo os processos, documentos e controles envolvidos.
Como irá se beneficiar
Para cada tópico serão apresentados cases reais e, além disso, serão ensinadas quais as ferramentas de gestão e controle utilizadas para cada situação. A proposta não é apenas alertar para existência dos desafios, mas também ensinar como superá-los. Ter este conhecimento será um diferencial muito grande para qualquer profissional envolvido com o projetos e obras de empreendimentos hospitalares.
Público alvo
O curso é voltado para os profissionais que estejam relacionados à gestão de equipamentos em saúde, como engenheiros, arquitetos, administradores e enfermeiros em posição de supervisão / coordenação.
Duração
20 horas
PLANEJAMENTO
• O projeto de equipagem – O que é? Na prática, como está sendo feito na maioria dos hospitais? Quais consequências de não fazer? (o paradoxo tecnológico e o colapso econômico do setor de saúde).
• Concepção do projeto – Qual o momento certo de começar o planejamento do projeto de equipagem? Quais os principais marcos para sincronizar o projeto de equipagem?
• PIES – Projeto de Investimento dos Equipamentos por Setor – Como quantificar os equipamentos por setor? Como definir a premissa orçamentária para cada item, alinhando as expectativas médicas com o poder aquisitivo da instituição?
• PCE – Planejamento das Concorrências dos Equipamentos – Como alinhar o cronograma das aquisições ao cronograma da obra? Como definir os pacotes de negociação? Quais as estratégias de compra mais adequadas de acordo com o tipo de equipamento? Cronograma de desembolso, financiamento, FINAME, e outras dúvidas comuns dos gestores financeiros.
COMPATIBILIZAÇÃO
• Projetos das instalações e a sua compatibilização
• Quais as principais dúvidas dos projetistas e, consequentemente, quais os erros mais comuns nos projetos das instalações?
• Dicas: Tabela de Pontos de Instalações, Tabelas de Cargas Elétricas, Tabela de Cargas Estruturais;
• Centro cirúrgico: principais elementos/equipamentos, layout de salas, erros mais comuns em projetos, sala cirúrgica inteligente, sala híbrida;
• Unidade de Tratamento Intensivo: erros mais comuns em projetos, sugestões;
• Central de material esterilizado: principais equipamentos, algumas dicas de especificação, erros mais comuns em projetos e sugestões;
• Setor de Imagem – principais equipamentos, erros mais comuns nos projetos, dicas de implantação.
AQUISIÇÕES
• Comitê de Incorporação – Antes de começar a comprar, definir: Quem deve participar? Qual o fluxo de aprovação mais adequado? Qual o papel de cada um dos “três pilares” do comitê de incorporação: (a) corpo clínico; (b) setor financeiro; (c) engenharia
• O “Iceberg” das aquisições e o Custo Total de Propriedade – Quais fatores estão envolvidos e são levados em conta na análise de uma aquisição? Apresentação do conceito de TCO (total cost of ownership) e como a difusão desta metodologia está mudando o foco das aquisições do CAPEX para o OPEX. Como devemos nos preparar para esta mudança na forma de negociar?
• 03 Diferentes metodologias de especificação, cotação e comparação
o Método DBO/DCA: pontos fortes; pontos fracos;
o Método do RDI/RDP: pontos fortes; pontos fracos;
o Método dos scores: pontos fortes; pontos fracos;
• Processo de negociação: Fase de equalização; Fase de pré-negociação; Fase de negociação e fechamento. Considerações sobre o papel da engenharia em cada fase.
• Documentação do processo: A importância da transparência na comunicação e da documentação processual para as boas práticas de governança coorporativa. Conhecer modelo de “Ficha de Solicitação de Investimento”. Conhecer modelo de “Relatório Técnico”.
COMISSIONAMENTO
• Etapa de pré-instalação – Dúvidas e problemas que acontecem na fase de pré-instalação e como evitá-los. Conhecer modelo de Ficha de Pré-instalação.
• Etapa de recebimento, instalação e cadastramento – Dúvidas e problemas que acontecem na fase de recebimento, instalação e cadastramento e como evitá-los. Conhecer modelo de Ficha de Controle de Instalação e modelo de Ficha de Cadastro de Equipamento.
• Etapa de treinamentos – Dúvidas e problemas que envolvem o planejamento e a realização dos treinamentos operacionais e como evitá-los. O que o comitê de educação continuado do hospital precisa que seja documentado nos treinamentos?
A ENGENHARIA CLÍNICA
• A Engenharia Clínica:
o História
o Evolução
o Mercado brasileiro
o Tendências
o Desafios futuros
• O PGEQS – Programa de Gestão de Equipamentos em Saúde
o Quais são os principais conjuntos de exigências cobradas pelas agências certificadoras e pela ANVISA?
o Por onde começar na implantação do programa?
o Quais as etapas de implantação?
PROCESSOS DA ENGENHARIA CLÍNICA – PARTE 01
o Funcionamento do Serviço de Engenharia Clínica: Apresentar modelos de plano de atendimento e dimensionamento;
o Documentação Técnica e Arquivamento: Apresentar os documentos-padrão mais utilizados nos trabalhos do Serviço de Engenharia Clínica e sua organização;
o Recebimento, Cadastramento e Inventário: Apresentar forma de estabelecer medidas para garantir que os equipamentos entregues estejam em conformidade com os requisitos técnicos e administrativos estabelecidos. O cadastramento dos equipamentos do parque hospitalar tem por objetivo prover um inventário que possibilite o histórico das ocorrências, essencial para o gerenciamento da manutenção e monitoramento de vida útil.
o Priorização da Manutenção: Apresentar metodologia de classificação da criticidade dos equipamentos médicos, visando otimizar os atendimentos aos chamados técnicos e as manutenções preventivas.
o Contingência de Equipamentos: Ensinar conceitos e apresentar modelo de plano de contingência para os equipamentos críticos.
PROCESSOS DA ENGENHARIA CLÍNICA – PARTE 02
o Atividade de Manutenção Corretiva: Estabelecer o fluxo de atendimento para as atividades de manutenção corretiva, incluindo a emissão, preenchimento e gestão das Ordens de Serviço Corretivas.
o Atividade de Manutenção Preventiva: Estabelecer padrões para as atividades de manutenção preventiva de equipamentos médicos, bem como para o seu gerenciamento e controle.
o Atividade de Calibração: Estabelecer padrões para as atividades de calibração e ajuste de equipamentos médicos e determinar as condições para o seu gerenciamento e controle.
o Atividade de Rotina de Inspeção: Estabelecer diretrizes e orientações para as rotinas de inspeção dos equipamentos biomédicos.
o Manutenção Terceirizada: Apresentar forma de fiscalizar e acompanhar os serviços de manutenção de equipamentos médicos realizados por empresas terceirizadas dentro ou fora das instalações do hospital.
PROCESSOS DA ENGENHARIA CLÍNICA – PARTE 03
o Uso de Equipamentos de Terceiros: Estabelecer quais são as obrigações no controle do uso de equipamentos de terceiros do hospital (aluguel, comodato, empréstimo).
o Cadastramento e Avaliação de Fornecedores: Estabelecer método de avaliação e qualificação de fornecedores além de estabelecer indicadores para gestão e controle dos serviços prestados.
o Indicadores e sua Análise Crítica: Estabelecer indicadores e definir como será a sua análise crítica para a melhoria contínua e para monitorar o desenvolvimento e desempenho das atividades da Engenharia Clínica.
o Incorporação Tecnológica: Estabelecer a participação da Engenharia Clínica nos processos de aquisição de equipamentos.
o Capacitação e Treinamentos – Determinar a participação da engenharia clínica nas ações de educação continuada do Hospital e ações de treinamento especifico visando preparar os usuários dos equipamentos biomédicos para o uso seguro e preciso.
o Fiscalização de Setores Terceirizados – Determinar como a engenharia clínica deverá atuar na fiscalização de setores terceirizados, se houverem.
o Avaliação e Desativação de Equipamentos – Estabelecer os parâmetros de avaliação de equipamentos biomédicos e diretrizes para desativação em caso de obsolescência.
o Demonstração de Equipamentos – Determinar a participação da engenharia clínica nas atividades de Demonstração de Equipamentos.
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Prof. Esp. Guilherme XavierFormado em Engenharia Elétrica e Engenharia Clínica pela Universidade Federal de Itajubá, pós-graduado em Gestão de Empresas pela FGV-Rio, é Diretor Executivo da Equipacare, empresa de engenharia pela qual já prestou consultoria mais de 60 projetos hospitalares em todas as regiões do Brasil. Atualmente, é o principal consultor de engenharia clínica do Sistema Unimed, tendo atendido em torno de 30 singulares. Xavier foi Diretor da Regional Rio da ABEClin (Associação Brasileira de Engenharia Clínica), tendo ocupado o cargo de 2013 à 2016 onde atualmente ocupa a função de coordenador de marketing. Sua especialidade é o planejamento, especificação, negociação, comissionamento de instalação e gestão de tecnologias médicas para empreendimentos hospitalares.
Horários
Início: 8h00
Coffee break: 10h30 às 10h45
Almoço: 12h30 às 14h00
Coffee break: 16h30 às 16h45
Encerramento: 18h00
O que está incluso
Apostila Digital em PDF (disponibilizada por e-mail aos participantes em até 24 horas da data de início do curso)
Material de Apoio;
Serviço de Coffee-breaks;
Certificado de Participação digital (atentar a correta grafia do seu nome na lista presença que circulará no primeiro dia de curso)
Observações
Recomendamos levar Notebook ou Tablet/IPAD, com adaptador para a nova tomada “PADRÃO BRASILEIRO”;
Na hipótese de quórum insuficiente, impossibilidade de comparecimento do professor, imprevistos ou motivos de força maior, a AEA Educação Continuada se reserva ao direito de cancelar ou reagendar o curso programado visando preservar o melhor interesse de todos;
Especialmente, em caso de viagens, antes de se deslocar, solicitamos entrar em contato, a fim de confirmar as informações sobre data e local do curso, evitando transtornos;
Em caso de cancelamento, a AEA Educação Continuada avisará a todos os inscritos (através de e-mail), e devolverá integralmente os valores pagos pela inscrição;
O inscrito poderá solicitar o cancelamento da sua inscrição, via e-mail, até 10 (dez) dias antes do início do curso. Neste caso, os valores pagos serão devolvidos.
Em todos os casos, recomendamos a leitura atenta, e integral, do Contrato de Adesão aceito no ato da efetivação da inscrição online.