Revestimento de Gesso Projetado Imprime Velocidade à Obra

Postado em Estruturas ,     em público maio 27, 2015

O produto elimina as fases de chapisco, emboço e reboco, bastando uma única aplicação por meio de máquina específica de projeção, que proporciona um bom acabamento e maior velocidade de execução dos revestimentos. Segundo Felipe Barros, gerente de produtos e da Área Técnica, da Lafarge Gypsum, a granulometria mais fina facilita o manuseio. A velocidade de aplicação se deve a projeção diretamente em paredes, propiciando economia de tempo com a mesma quantidade de mão-de-obra.

AEA – Quais as principais diferenças entre uma parede revestida com gesso projetado e uma com emboço, reboco e argamassa cimentícia?

Felipe Barros – Os revestimentos executados com o gesso projetado têm melhor resultado final em comparação com os de argamassa cimentícia. O produto torna as superfícies mais bem acabadas, compactas e lisas, facilitando o serviço de pintura. Para locais onde não há a necessidade de um acabamento final de altíssima qualidade, basta um tratamento com impermeabilizante entre o gesso projetado e a pintura da parede para se obter um resultado satisfatório.

AEA – Como o gesso projetado deve ser aplicado, com máquina ou manualmente? Como deve ser o procedimento em cada um dos casos?

Felipe – O gesso projetado requer o uso de máquina específica de projeção. Porém, a projeção é somente a primeira etapa, seguida pelos processos manuais de regularização da superfície, uniformização do revestimento e alisamento final. A projeção reduz o tempo de aplicação e o custo de mão-de-obra. Por exemplo, uma equipe de quatro pessoas pode finalizar até 200 m² de superfície por dia (paredes ou lajes). Porém, a velocidade de execução é maior se alvenaria tiver boa qualidade e planicidade, além de um bom planejamento e organização geral da obra.

AEA – Qual deve ser a espessura do gesso projetado para revestimento de paredes internas e por quê?

Felipe – A espessura pode variar em uma única superfície. Dependendo da planicidade da alvenaria podemos encontrar variações grandes entre a espessura do gesso em diferentes áreas da superfície a ser revestida. É claro que quanto mais irregular a superfície, maior será a necessidade de preenchimento para sua regularização, o que demanda mais tempo e mais produto.

AEA – Como deve ser a ponte de aderência do gesso projetado com os substratos como alvenaria, blocos cerâmicos ou de concreto, tetos, lajes e pilares? Qual é a formulação da argamassa de gesso?

Felipe – A aderência é feita diretamente sobre a superfície sem a necessidade de qualquer outro tratamento. O gesso projetado é composto basicamente de calcário, gesso em pó e aditivos que determinam, por exemplo, o tempo de trabalho do produto e o nível de aderência aos substratos. O produto é indicado para o revestimento de paredes internas de alvenaria, de bloco cerâmico ou de concreto, além do revestimento de lajes e pilares, com de máquina de projeção especifica. Com isso, elimina-se as fases de chapisco, emboço e reboco.

AEA – Por que a velocidade de aplicação é maior e o custo menor? Qual o custo de aplicação por m² ? Onde essa argamassa não deve ser aplicada?

Felipe – A velocidade de aplicação se deve a projeção do gesso por meio de máquina específica diretamente em paredes, propiciando economia de tempo com a mesma quantidade de mão-de-obra. Ou seja, com o uso da máquina de projeção, um instalador faz por dia mais m² na comparação direta com o processo 100% manual. Já o preço varia de acordo com a região do país e com a qualidade da superfície a ser revestida na obra. Também deve ser observada a qualidade dos materiais. Temos observado que produtos mais baratos possuem qualidade final inferior. Por isso, o ideal é analisar caso a caso, conforme o gesso utilizado. O melhor é procurar uma marca confiável, reconhecida e que ofereça garantia e assistência técnica. A argamassa de gesso projetado não deve ser aplicada sobre paredes de drywall.

AEA – A argamassa de gesso projetado é misturada na própria obra? Quais são os principais cuidados na hora de misturar e aplicar?

Felipe – Sim, a indústria vende o produto em pó, normalmente em embalagens de 40kg. O mercado alvo são as grandes obras, que hoje compõem praticamente o único segmento de consumo do produto. As entregas são feitas em caminhões ou carretas fechadas. As sacarias são transportadas até o local de aplicação, onde as máquinas de projeção devem estar devidamente ajustadas para o serviço. A correta armazenagem das sacarias de gesso projetado na obra deve levar em conta um local livre de umidade. O produto deve ser inserido gradualmente dentro da máquina por um trabalhador, enquanto outro projeta o gesso na superfície. A máquina deve ser abastecida com água limpa.

AEA – Por que é indicada a empreedimetos para a clase C?

Felipe – O gesso projetado pode ser aplicado em qualquer obra que requeira facilidade, agilidade e qualidade final no acabamento. Acreditamos que devido ao grande dinamismo da construção civil no Brasil, hoje, os empreendimentos que mais consumirão o gesso projetado são os voltados para a classe C. O grande número de lançamentos e, conseqüentemente, a necessidade de soluções inovadoras, requerem soluções que ofereçam velocidade e qualidade na aplicação.